O problema nem sempre é técnico. A nossa determinação em querer fazer melhor pode fazer a diferença
Aposto que já imaginou ser um Tiger Woods. Até um Rory McIlroy. E vencer o British Open ou o Masters? Claro que sim…. Acho que todos nós já sonhámos ser o melhor jogador do mundo ou conquistar um grande torneio.
Depois de completar a sua ronda de golfe, nunca ficou a pensar nos erros que cometeu e onde pode recuperar uma ou duas pancadas? É uma situação perfeitamente normal e a qual todos nós, com certeza, já experienciámos.
Quando treinava mais afincadamente, acreditava ser possível fazer uma ronda perfeita… Obviamente, tinha noção das minhas limitações, mas… acreditava! Não custa nada sonhar e só assim é possível poder ambicionar algo mais.
Lembro-me de estar estagnado há imenso tempo no meu handicap 10. Nessa altura, era capaz do melhor e do pior. Havia sempre um ou dois buracos em que cometia erros de principiante e acabava sempre por comprometer o meu score. “Malditos buracos”, pensava. A consistência é, sem dúvida, um dos principais problemas de qualquer jogador que procura melhorar.
Mas a minha “transformação” ocorreu apenas quando tive a oportunidade de assistir a um evento de Anthony Robbins, em Londres. Foi em maio de 2005. Foi aí que percebi a importância do jogo mental no golfe. Anthony Robbins foi um guru que trabalhou com vários atletas, entre os quais o tenista Andre Agassi, quando este passou por momentos difíceis na sua carreira, no final da década de 90, e o ajudou a regressar a número 1 do mundo.
Ainda hoje recordo essa semana como as melhores férias da minha vida! Desde caminhar sobre brasas – não, não ficamos com os pés queimados, desde que nos foquemos no objectivo final –, passando por uma mudança na nossa forma de pensar – aceitando que a vida nem sempre é justa, mas vendo sempre o lado positivo das coisas – e terminando com uma palestra sobre nutrição – nem imaginas como a tua alimentação pode influenciar o teu dia-a-dia. Ou seja, vim de lá a pensar que não há impossíveis! – o caminho que queremos pode é demorar mais um pouco…
Lembro-me de uma pergunta que ele fazia, e que ainda hoje a faço a mim mesmo todos os dias, que me ajudou a melhorar no golfe e na vida. “Já alguma vez fizeste tudo, mas mesmo tudo, para melhorar?”, perguntava ele às cerca de 10 mil pessoas que enchiam aquele pavilhão. E é verdade. Se pensares bem, há sempre alguma coisa que podes melhorar em ti. “Estás determinado em consegui-lo?” “Yes”, respondíamos todos em uníssono. Parecíamos uma força militar… Só de me lembrar, arrepio-me. O que é certo é que em pouco mais de um mês, tirei quatro pancadas ao meu handicap…
O otimista sonha, o pessimista desiste!
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Fundador e editor do site de golfe www.golf4you.pt