A carreira do jogador orientada para que explore ao máximo o seu potencial biológico
O foco do Golfe é colocado no swing – o gesto mais importante – que é decisivo para a vitória e permite atingir o sucesso. Esse momento ocupa menos de 0.01% do tempo total de jogo. A maioria corresponde à espera, ao percurso e à análise das condições exteriores e interiores que permitem atingir um estado de harmonia e clareza. Este potencial relaciona-se diretamente com a saúde individual do jogador e que serve de base para que seja construído o swing perfeito.
Por esse motivo, a Gestão Global de Saúde do jogador assume particular importância e deve orientar-se por uma perspectiva que procure um Estado Ótimo de Saúde - desde o jovem profissional, ao amador de meia-idade.
A carreira do jogador deve ser orientada para que explore ao máximo o que o seu potencial biológico permite. Carreira essa que dura muitas vezes várias décadas e que pode ser prolongada através da gestão criteriosa da sua saúde cardiovascular. Deve iniciar-se por uma avaliação médica minuciosa, com ênfase na história pessoal e familiar, juntamente com um eletrocardiograma (ECG) e análises apropriadas.
O objectivo desta avaliação inicial é estratificar o Risco Cardiovascular do jogador, para que se avance com exames mais específicos em alguns casos indicados (p.ex: prova de esforço, ecografia cardíaca, entre outros). Com base nas informações recolhidas deve ser prescrito exercício, de forma personalizada, para que se atinja um nível de fitness ótimo.
Mudando o foco para o dia do jogo, deve ter-se como objectivo a optimização da performance durante todo o evento: desde o primeiro até ao último shot – mesmo com o esforço mental e físico que um dia de competição exige, através do controle da Saúde Metabólica. Desta forma é possível optimizar os níveis de energia com atitudes terapêuticas, tanto nos casos de doença como nos casos de disfunção metabólica precoce, promover comportamentos alimentares saudáveis e duradouros.
A avaliação do jogador não fica completa sem considerar que o conjunto das várias partes e sistemas que o compõem é mais do que a soma desses elementos individuais: é controlado por um sistema nervoso e coordenado por uma mente. Nesse sentido, o médico deve tentar promover hábitos mentalmente saudáveis através de uma relação baseada na confiança e proximidade, que lhe permite identificar e corrigir precocemente estados de fragilidade comuns a diferentes fases da vida, mantendo um Bem-Estar que permita ao golfista jogar ao seu melhor nível.
Nesta óptica, o médico deve ser um Gestor de Saúde, mais do que alguém que trata episódios de doença. Um gestor que veja o golfista na sua globalidade, sem esquecer o seu contexto e os seus objectivos pessoais. Um gestor cujo objectivo principal seja ajudar o golfista atingir um Estado Ótimo de Saúde, que lhe permita jogar com o máximo de performance.
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*Fundadores da GFI Golf Medicine (www.gfimedicine.com)