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Crónica

Depois de 16 anos, Manuel Agrellos deixará a presidência da Federação Portuguesa de Golfe

O Golfe Nacional enfrenta, em 2016, mais um grande desafio. Depois de 16 anos à frente dos destinos do golfe português, Manuel Agrellos deixará a presidência da Federação Portuguesa de Golfe.

Ao longo destes anos muito foi realizado, mas talvez mais importante tenham sido os alicerces que permitirão levar o golfe para o futuro. Esta preocupação pode parecer um cliché, mas a verdade é que hoje, mais do que nunca, o golfe precisa de se reinventar para poder atrair e reter mais jogadores.

Se os ditos alicerces de que falei não forem aproveitados, tal como o relacionamento com as entidades internacionais que financiam os diversos projectos da FPG, o apoio a jovens profissionais e projectos de desenvolvimento juvenil, correremos o risco de voltar à estaca zero e demorar outros 16 anos até que possamos dar início a um desenvolvimento sustentado do golfe em Portugal, algo a que não nos podemos dar ao luxo de fazer.

O futuro obriga a um compromisso claro por parte de todos, onde a FPG terá um papel fundamental como uma instituição moderadora, congregadora, reguladora, motivadora, incentivadora e, acima de tudo, responsável e totalmente dedicada à causa do golfe.

A fórmula com que o golfe tem trabalhado, um pouco por todo o mundo, não tem sido eficaz, pois, se por um lado temos sido capazes de atrair um elevado número de praticantes, por outro, a taxa de abandono é, no mínimo, equivalente às taxas de adesão. Temos por isso de perceber por que razão as pessoas não permanecem na modalidade.

Muito se tem dito e escrito acerca desta matéria, sendo que o tempo de jogo (demorado), o custo (elevado) e a dificuldade (elevada) do golfe são apontados como as principais causas. Acredito que estes três factores são influenciadores do estado do golfe, mas há muito mais.

Mas, ao mesmo tempo, estou convencido de que se encontrarmos formas para combater esses três factores, iremos melhorar significativamente as taxas de participação na modalidade.

Este é o grande desafio que temos pela frente. A FPG deve promover a inovação e uma abordagem arrojada para poder contrariar a tendência de estagnação da evolução do golfe. 

Os próximos anos não são um obstáculo, mas antes um desafio que, quando ultrapassado, permitirá promover não só o aumento do número de praticantes de golfe em Portugal como a própria modalidade, em todas as suas vertentes.

Uma modalidade com elevados níveis de participação todos irá beneficiar.

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*Secretário-Geral da Federação Portuguesa de Golfe

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**Esta crónica foi publicada originalmente no Caderno GOLFE do jornal Público de dia 26 de Março

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