Do percurso que queremos construir e da marca que queremos deixar
O regresso do Open de Portugal é, inegavelmente, um marco do mandato em curso da Direção da FPG. Apesar do pouco tempo que ainda levamos à frente da Federação, este é um evento que contribui para o percurso que queremos construir e para a marca que queremos deixar. Queremos um Golfe mais mediático, mais próximo, mais democrático, mais presente, mais reconhecido, mais valorizado e, sem dúvida, também gerador de mais valor, a todos os níveis. Organizar um Open de Portugal é uma boa conquista mas, per se, não faz milagres e não vai fazer com que o número de federados aumente no imediato.
Ao longo da semana do Open de Portugal @ Morgado Golf Resort, bem como nas semanas que o antecederam e sucederam, falou-se de Golfe em todos os meios possíveis – TV’s, imprensa escrita, online e rádio. Foram mais de 500 notícias que chegaram a 30% da população portuguesa! Um impacto muito significativo e que está perfeitamente alinhado com o que pretendemos para o Golfe nacional.
Vale a pena sublinhar, contudo, que no decurso destes primeiros seis meses de mandato muito foi feito em todas as áreas de atuação da Federação Portuguesa de Golfe, seja na componente Desportiva, como no Marketing e Comunicação, no Jamor, na Formação de Agentes, no Desenvolvimento Juvenil, seja em aspetos menos visíveis, mas determinantes, como na área administrativa da FPG, que foi reorganizada e está agora mais capaz de dar resposta às exigências da organização. Estas modificações profundas vão permitir à Federação estar mais próxima dos seus praticantes e demais agentes da modalidade, bem como ter uma postura mais moderna, eficaz e dinâmica. Não podemos esperar mudanças externas se não fizermos as nossas próprias mudanças. Não é fácil tirar as pessoas das suas zonas de conforto, mas é desta exigência de querer fazer, e de querer fazer bem, que vai ser assegurado um futuro melhor para a modalidade e para a indústria. Estamos a trabalhar, todos os dias, nesse sentido.
Portugal é visitado todos os anos por centenas de milhares de golfistas que fazem do nosso país o melhor destino de Golfe do mundo. Queremos que venham mais, muitos mais, ao longo dos próximos anos. Mas queremos também que o nosso mercado interno, os portugueses, contacte com esta modalidade que tanto de bom traz à economia e ao emprego do nosso país. Iremos apostar fortemente nessa vertente e mostrar que há muita vida no Golfe e que o Golfe é um mundo com muita vida!
Para terminar, uma boa notícia: as licenças cresceram 7% este ano, face ao período homólogo de 2016. São números positivos, que nos animam, e que nos convocam para continuarmos a fazer mais e melhor à frente da FPG.
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*Presidente da Federação Portuguesa de Golfe
** Esta crónica foi originalmente publicada no suplemento GOLFE do jornal Público de 10 de Junho