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Prémios em queda não travam estrelas
Crónica

Portugal Masters teve muito boa lista de inscritos apesar da redução no prize-money

O Portugal Masters nasceu em 2007 com três milhões de euros em prémios monetários.

Não foi o mais elevado prize-money de sempre na história do golfe português porque em 2005, também em Vilamoura, a Algarve World Cup in Portugal, então integrada nos World Golf Championships, distribuiu quatro milhões de dólares.

A intenção do Governo português da altura, grande entusiasta da aposta no golfe como produto turístico de excelência para Portugal, era de elevar os prémios nos anos futuros até aos quatro milhões de euros.

Acreditava-se que o golfe iria evoluir para um circuito mundial e que os circuitos regionais perderiam relevância.

Era importante que Portugal se preparasse para fazer parte dessa primeira divisão do golfe profissional mundial e isso só seria conseguido com um prémio suficientemente aliciante para alguns dos melhores jogadores do circuito norte-americano, onde, há 13 anos, já a esmagadora maioria dos torneios regulares superava os cinco milhões de dólares.

Em 2019 o prémio mais baixo no PGA Tour foi de três milhões de dólares e a média supera bem os seis milhões.

A ideia de um circuito mundial persiste, mas foi travada pela crise económica internacional de 2008 e irá levar ainda muitos anos até concretizar-se.

Pelo contrário, o PGA Tour (Estados Unidos) e o European Tour (Europa) foram-se separando cada vez mais e rivalizando em determinados momentos.

Portugal também tem passado pela crise séria que todos sabemos e a estratégia passou então por consolidar o Portugal Masters no seio do European Tour.

Isso foi conseguido até 2009 – o ano em que mais e melhores estrelas visitaram o mais importante torneio de golfe português – ou 2010.

Em 2011 o Portugal Masters sofreu um corte nos prémios de meio milhão de euros para 2,5 milhões, em 2012 reduziu-se para 2,241 milhões e fixou-se em 2013 nos dois milhões.

Em 2019 a prova de Vilamoura registou nova quebra de meio milhão e estarão em jogo este ano 1,5 milhões, um valor que em tempos foi o do Open de Portugal.

Há 47 torneios do European Tour em 2019, dos quais 31 com melhor prize-money, oito iguais ou semelhantes e oito com prémios mais baixos, incluindo o GolfSixes em Cascais, com um milhão de euros.

É evidente que não poderemos esperar que um torneio de 1,5 milhões tenha a mesma força dos tempos em que oferecia três milhões, mas a verdade é que, apesar do menor investimento do Turismo de Portugal, o European Tour apresentou este ano uma muito boa lista de inscritos.

Outro aspeto positivo é que na Corrida para o Dubai deste ano o número de pontos dos torneios de 1,5 milhões é igual ao dos torneios de dois milhões.

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*Comentador de ténis e golfe no Eurosport

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