E se um taco surgir do nada no saco? E se uma bola chocar contra outra em pleno voo?
Um jogador começa a sua partida com 14 tacos, mas no buraco 14 um dos competidores verifica que ele tem 15 tacos no seu saco. O jogador afirma que o taco a mais não lhe pertence, mas o que se verifica é que o taco também não é de nenhum dos elementos que segue naquela formação, logo não terá sido ali colocado por engano por nenhum dos presentes. Como proceder?
Efectivamente aqui impera a palavra do jogador quanto à posse ou não do taco extra. Depois há que fazer um exercício mental para se saber se o jogador utilizou aquele taco específico que ele afirma não lhe pertencer.
É óbvio que a regra 4-4.c diz que os tacos transportados ou usados em infracção da regra 4-3.a ou 4-4 devem ser declarados fora de jogo. Apesar de o jogador poder ter sobre si a penalidade de quatro pancadas, em equidade, há que certificar primeiro se o taco foi ali colocado por engano na zona do tee de saída. Mas, mesmo que não seja seu, se o jogador o usou, mesmo que tenha sido por confusão com um dos seus tacos, nesse caso a penalidade terá de ser aplicada.
Outra situação estranha que me foi relatada aconteceu recentemente num jogo entre amigos. Um dos jogadores de uma formação acabava de jogar a sua bola num par-3, quando o voo desta é desviado por ter chocado com outra bola jogada de um buraco próximo. Em consequência a bola do jogador caiu na água e a outra ressaltou para o green do par-3. Os parceiros permitiram que ele repetisse a pancada sem penalidade.
Ora, uma vez que não estavam em competição, não tenho nada a comentar sobre a atitude, mas faço notar que as regras de golfe não foram cumpridas. Efectivamente o que aconteceu é quase mais improvável do que fazer um hole-in-one. Mas a regra 19-5.b diz que se uma bola em movimento for desviada por outra bola, ela deve ser jogado de onde se encontra. A bola foi desviada para o obstáculo de água, logo o jogador deveria ter deixado cair uma bola, com penalidade respectiva, e completado o buraco.