Mortes por trovoada em campos de golfe sucedem todos os anos
No sábado, dia 27 de Setembro, fui apanhado por uma trovoada enquanto jogava golfe. Apesar do efeito assustador que é ver um raio cair a menos de 100 metros, senti que só por mero golpe de total infelicidade eu poderia ser atingido por um relâmpago no campo onde estava. O dito campo está rodeado de casas e de instalações coletivas, sendo que estas últimas possuem para-raios. Ou seja, existe uma envolvente que protege.
Que eu me lembre não houve, em Portugal mortes por efeito de trovoadas ocorridas em campos de golfe. Mas este tipo de mortes acontece todos os anos nos Estados Unidos.
Sabendo todos nós a importância que o golfe tem para Portugal na sua vertente turística fica a ideia: os campos de golfe, em particular os que estão longe de instalações com pára-raios, deveriam instalar este tipo de proteção. Acredito que não basta apenas o toque de buzina para mandar recolher ao club house. Há quem não oiça (como foi o meu caso no sábado por me encontrar no momento do toque junto a uma auto- estrada).
Há aqui dois vetores a ter em conta. Primeiro: o de comunicação no mercado interno e externo, mostrando que mesmo em situações climatéricas adversas o jogador teria proteção acrescida. Segundo: o clima está a mudar, sendo visível que nos últimos anos passámos a ter um tipo de clima subtropical com aumento de ocorrências climáticas até aqui consideradas anormais; e este facto é efetivamente o mais importante e é com ele que vamos ter de lidar durante muitos anos.
Ou seja, prevenir o futuro de uma oferta de lazer pode passar por antecipar algo que é uma preocupação de qualquer golfista: o pavor de ser atingido por uma descarga elétrica atmosférica quando pega num taco de golfe.