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O golfe em Portugal é caro? Desenganem-se por favor
Crónica

Alguns exemplos para chegar à conclusão que, quanto a preços, prefiro jogar no nosso país

42 euros para jogar 9 buracos? Mas são 4 da tarde!!!  Estas foram as minhas frases para a rececionista de um percurso francês na região de Lyon. Ah, mas o golfe em Portugal é caro, respondeu ela de pronto. Não é bem assim. Nesta altura do ano, Agosto, em Lisboa, muitos campos fazem o chamado preço twilight, onde eu pagarei entre 25 a 30 euros, mas por 18 buracos. Aquele preço só mo pedem em alguns campos do Algarve, mas para 18 buracos. Ah, pois, cada país com os seus hábitos, nós aqui somos assim, rematou ela a conversa que não estava a ir para o lado que lhe convinha. O campo estava em boas condições, mas nada de excecionalmente bem tratado. Greens honestos, lentos, quase ninguém no campo. 

100 euros? Sim, respondeu a rececionista, mas tem de levar caddie obrigatoriamente; se levar buggy (20 euros) é ela que conduz, e é normal dar uma gorjeta à caddie no final (10 euros). O campo era um mimo, comparável aos cuidados existentes em Monte Rei, Vale do Lobo, São Lourenço ou na Quinta do Lago. Aqui estava num dos campos de topo da Tailândia. E logo pela manhã. Feitas as comparações, o preço era aceitável. Estava num campo de luxo, com fairways bem cortados e rough aparado com corta-unhas. Só não me habituei ao sistema de caddies, porque ela não sabia indicar a linha de putt, ou porque eu não percebia o que ela dizia. 

Deixe 10 euros no cesto, dizia a indicação no pequeno papel afixado junto à casinha que, aos fins de semana teria alguém. 9 buracos num campo no meio dos fiordes na Noruega. Greens lentos, fairway despenteado, traçado por onde a natureza deixou, paisagem agradável. Já nos arredores de Oslo o green fee rondava os 90 euros. E campo era de competição. 

 Sem querer teorizar, uma vez mais, sobre a excelência global da maior parte dos campos de golfe portugueses e dos custos inerentes à manutenção, ficam estes três exemplos. Mas também poderia falar da Áustria, da Alemanha, de Inglaterra ou da República Checa. E digo apenas que, quanto aos preços, continuo a preferir jogar golfe em Portugal. 

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*Presidente da Indy Golf, Associação de Golfistas Independentes de Portugal

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