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Green fees a €30? Quase impossível…
Crónica

Pelo menos para campos de 18 buracos, de dimensão média de 40 hectares

Muitos golfistas dizem que os green fees são muito caros. E que 30 euros é já um preço elevado. Lamentar é fácil, mas olhando para a realidade poder-se-á chegar a outras conclusões. 

Os custos de exploração de um campo de golfe são os seguintes, para um campo de 18 buracos, de dimensão média de 40 hectares: 750 mil euros por ano, dos quais 300 mil são custos de manutenção e os restantes são custos com pessoal de campo e com o pessoal de atendimento e restauração. 

O custo diário do campo é de €2055. Para se atingir o break even anual haverá que ter 69 voltas por dia, todos os dias, com um preço de green fee a 30€. Ou seja 25.185 voltas por ano. 

Quais os campos do país que apresentam este número de voltas? Apenas aqueles que têm forte componente turística. E esses situam-se nas zonas de Vilamoura e de Portimão. Mas nesses as operações de exploração são muito mais caras do que o exemplo dado acima. 

O dilema dos campos de golfe é este: com preços de green fee a €30 não conseguem oferecer um campo cuidado na perfeição e correm o risco de endividamento excessivo para manterem as portas abertas. 

Soluções milagrosas não há com green fees a 30€. Por preços de green fee desta ordem só é possível pensar em campos de golfe que apenas cuidem dos tees e dos greens, deixando o fairway sem grandes intervenções, que anulem praticamente todos os bunkers de areia e que quase não tenham pessoal de atendimento, nem um sítio onde beber uma água.

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*Presidente da Indy Golf, Associação de Golfistas Independentes de Portugal

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